quarta-feira, 31 de julho de 2013



Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
Curso de Graduação em Farmácia
Disciplina de Fundamentos em Farmacotécnica Homeopática







Aplicação de preparado homeopático de Escherichia coli para verificação de inibição do crescimento bacteriano em cultura.







Equipe:
Alex Braga Azevedo
Flavio Simões
Juarez Henrique Gonçalves
Núbia Lafayete Evangelista


Diamantina, 2013.
Introdução


A Homeopatia foi fundamentada em 1796, pelo médico alemão Samuel Hahnemann. A Homeopatia teve início como terapêutica humana. A partir de 1920, no Instituto de Biologia (Stuttgart, Alemanha), tem-se relato das experimentações em plantas. Foram realizados centenas de ensaios por Kolisko e Kolisko (1923), orientados por Rudolf Steiner, com muitas espécies vegetais e cerca de 300 preparados homeopáticos feitos com sais minerais e com plantas. No Brasil, cabe ressaltar a publicação do Guia de Veterinária Homeopática, do autor Nilo Cairo, em 1920 (Andrade e Casali, 2010).
A Ciência da Homeopatia é embasada em princípios, quais sejam: semelhança, experimentação, medicamento único e soluções altamente diluídas e dinamizadas, sendo o último o mais questionado pelo fato de que quanto maior a diluição, menos moléculas permanecem na solução até o momento que ultrapassa o número de Avogadro (na diluição 12C) e a solução passa a ser não-molecular. Portanto seu efeito não é químico (doses infinitesimais) e sim físico (dinamizações), onde a ação de equilibrar os sistemas vivos resulta da propriedade da homeopatia de interferir no princípio vital, ou seja, no sistema de vitalidade que mantém funcionando o organismo (Duarte, 2007).
A E. coli assume a forma de um bacilo e pertence à família das Enterobacteriaceae. São aeróbias e anaeróbias facultativas. O seu habitat natural é o lúmen intestinal dos seres humanos e de outros animais de sangue quente. Possui múltiplos flagelos dispostos em volta da célula.1
A E. coli é um dos poucos seres vivos capazes de produzir todos os componentes de que são feitos, a partir de compostos básicos e fontes de energia suficientes. Ela é lactase positiva, uma enzima fermentadora de açúcares que é grandemente responsável pela flatulência de cada pessoa, especialmente após o consumo de leite e seus derivados.




Objetivo

            Verificar se há inibição de crescimento bacteriano em cultura de E. coli, após utilização do tratamento com medicamento homeopático, comparado com hipoclorito de sódio 2%, álcool 70% e dióxido de cloro.


Metodologia

            Inibição do crescimento bacteriano, pela técnica de difusão em disco, do medicamento e controles positivos e negativo (água), e, posteriormente medição do raio do alo formado na cultura.


Materiais

Capela de fluxo laminar
Álcool cereal 30 e 70%
Aparelho dinamizador
Solução de E. coli em salina a 0,9%
Béquer *
Conta gotas *
Placas de Petri com meio sólido Agar Mueller Hinton *
Frasco dinamizador *
Frasco dispensador *
Batoque *
Proveta *
Discos de papel estéril *
Conta-gotas *
Alça de Drigalski descartável (estéril)
* Materiais esterilizados em autoclave



Procedimento

Preparou-se o meio Agar Mueller Hinton (sólido), quantidade suficiente para ser vertido em 14 placas de petri, mais ou menos 350 mL;
O meio e os materiais supracitados foram autoclavados;
Em uma capela de fluxo laminar, foram feitos todos os experimentos. Preparado uma suspensão supersaturada de E. coli em salina 0,9%;
Prepararam-se as placas com o meio Agar Mueller Hinton. Depois de solidificado, foi adicionado ao meio aproximadamente 1 mL de solução de E. coli que foi espalhada por todo o meio com uma alça de Drigalski;
Pegou-se, em condições assépticas, 6 gotas da suspensão de E. coli, colocou em uma proveta e adicionou-se álcool absoluto, quantidade suficiente para 30 mL. Esse volume foi vertido em um frasco dinamizador, levado ao aparelho dinamizador onde foi dinamizado 100 vezes. Obteve-se uma solução estoque, CH0, que foi etiquetada;
A partir da tintura mãe foram preparados duas diluições, CH3 e CH10. O laboratório dispunha de uma diluição CH30 que também foi testada no experimento.
A partir da tintura mãe, pegou-se 6 gotas e colocou em uma proveta. Completou-se o volume com água destilada quantidade suficiente para 30 mL. O volume foi vertido em um frasco dinamizador e levou-se ao parelho dinamizador, onde se dinamizou 100 vezes. Dessa forma obteve-se o medicamento homeopático a uma potencia CH1.
A partir desta potencia, pelo mesmo procedimento obteve-se a potencia CH2. A partir da potencia CH2, obteve-se a potencia CH3 e assim por diante ate a potencia CH10;
As potencias CH3 e CH10 foram estocadas e suas dinamizações foram feitas com álcool cereais 30%;
Depois de preparado os medicamentos homeopáticos utilizados, os mesmos foram vertidos em béqueres identificados com as respectivas diluições. Também foram identificados béqueres contendo a solução de hipoclorito de sódio 2%, álcool 70%, dióxido de cloro (controles positivos) e água destilada estéril (controle negativo);
Os discos de papel foram mergulhados nas soluções, um total de 4. Em seguida, os discos foram aplicados nas placas contendo o inoculo;
As placas foram incubadas a 37º C e após 24 horas foi feita a medida do halo para verificar inibição do crescimento.

Resultados e discussão
Após realizados os procedimentos mediu-se os halos formados após o período de  incubação. Os resultados obtidos são mostrados na tabela abaixo.
Tabela 1: Média dos halos obtidos após 24 horas de crescimento.

Como pode ser verificado na tabela 1 os homeopáticos tiveram resultados semelhantes, não inibindo o crescimento bacteriano satisfatória quando comparada aos controles positivos.

Conclusão
Neste experimento não observou-se atividade antimicrobiana dos homeopáticos  testados.


















TRABALHO EXPERIMENTAL: VERIFICAÇÃO DO CRESCIMENTO DE ALFACE MEDIANTE O USO DE DINAMIZAÇÕES HOMEOPÁTICAS (CH3 E CH10). GABRIELA DUTRA, JÉSSICA NUNES, MARCOS VINÍCIUS E PAULA LAÍS.

Discentes: Gabriela Dutra, Jéssica Nunes, Marcos Vinícius e Paula Laís.

INTRODUÇÃO
A alface destaca-se entre as hortaliças folhosas mais consumidas em todo o mundo. É uma cultura tradicionalmente cultivada por pequenos produtores, o que lhe confere grande importância econômica e social. A homeopatia aplicada à agropecuária pode elevar a qualidade de vida da população e a conservação do meio ambiente. São recentes os estudos sobre agrohomeopatia. A homeopatia aplicada às plantas permite o controle de pragas e doenças causadas por vírus, fungos e bactérias, além de incrementar a produção de biomassa. Esta característica torna a homeopatia uma opção ecológica para uso no campo, totalmente de acordo com as bases agroecológicas.
Homeopatia é uma ciência que pode ser aplicada a todos os seres vivos. Desde que exista força vital, ou seja, capacidade do organismo em reagir, o medicamento homeopático atua no restabelecimento da sua saúde.

OBJETIVO
Verificar o crescimento de mudas de alface nas dinamizações de CH3 e CH10 de Ammonium carbonicum em comparação ao crescimento produzido apenas com a utilização de água, além de estabelecer se o uso do medicamento potencializa o crescimento da hortaliça.

MATERIAIS E MÉTODOS
3 potes de plástico;
Terra;
Sementes de alface;
Água;
Álcool de cereais 70%;
Álcool de cereais 30%;
2 vidros âmbar;
2 batoques;
2 tampas conta gotas;
Dinamização CH2 de Ammonium carbonicum.

Enumerou-se de 1 a 6 no fundo dos potes plásticos os locais onde deveriam ser colocadas as sementes de alface. Fez-se pequenos furos no fundo dos potes para haver passagem de ar e cada um dos potes recebeu a nomeação sobre o que seria colocado sobre as sementes diariamente, sendo um deles somente água, outro o medicamento homeopático na dinamização CH3 e o outro o medicamento homeopático na dinamização CH10.
            Colocou-se a mesma quantidade de terra nos três potes, colocou-se as sementes nos locais marcados e adicionou-se água afim de molhar toda a terra.
            Os medicamentos homeopáticos foram feitos a partir da Ammonium carbonicum na dinamização CH2. A partir desta retirou-se 6 gotas e adicionou-se a um vidro de 100 mL e colocou-se 30 mL de álcool de cereais 70%, tampou-se com o batoque e dinamizou-se, obtendo o medicamento com a dinamização CH3 que foi colocado em um frasco âmbar de 30 mL com conta-gotas.
            A partir do medicamente CH3 realizou-se o mesmo procedimento descrito por 6 vezes até obter o medicamento homeopático na dinamização CH9. Posteriormente, retitou-se 6 gotas do medicamento CH9 e adicionou-se 30 mL de álcool de cereais 30% em um vidro âmbar de 100 mL e dinamizou-se, assim transferiu-se o medicamento CH10 obtido para um frasco âmbar com conta gostas para um frasco de 30 mL.
            O procedimento adotado durante o crescimento da alface foi colocar água nos 3 potes diariamente no mesmo horário e posteriormente gotejar 6 gotas do medicamento na dinamização CH3 no local em que foi colocada cada semente do pote CH3. No pote nomeado como CH10 realiza-se o mesmo procedimento. Após haver o início do crescimento das folhas mede-se o tamanho das folhas e verifica-se o número de folhas da alface em cada pote diariamente durante 7 dias.


RESULTADOS E DISCUSSÃO




De acordo com os gráficos apresentados e os cálculos de t-student e teste Tukey não houve uma variação significativa no crescimento da alface nas duas dinamizações (CH3 e CH10) em relação ao grupo controle (água). Essa situação pode ser o resultado de uma série de fatores como a utilização de uma terra pobre em nutrientes, a limitação do espaço de crescimento no pote plástico, excesso de água ao realizar a irrigação e exposição excessiva ao sol.

CONCLUSÃO
A conscientização sobre os riscos do uso de agrotóxicos tem levado ao aperfeiçoamento de sistemas orgânicos, no qual se enquadra a alface. Dessa forma, a utilização de vários medicamentos homeopáticos vem satisfazendo a necessidade do fornecimento de hortaliças de melhor qualidade.
Mesmo diante de um resultado pouco significativo, acreditamos que o cultivo de mudas de alface em um ambiente mais adequado com um controle de umidade e exposição solar proporcionará um aumento significativo no aumento desta planta.